Beatriz continuava imóvel, sem dar qualquer sinal de reação.
— Dez minutos. Nem um a menos. — Rosnou Gabriel entre os dentes.
O diretor de negócios lançou um olhar para a pasta nas mãos de Gabriel. O título do projeto, de fato, correspondia ao que haviam agendado.
Discretamente, cutucou Murilo com o cotovelo.
Murilo virou o rosto. O outro, com os olhos, sinalizou claramente: “Fala alguma coisa você.”
Murilo retrucou com o olhar: “Por que não fala você?”
Ela é sua subordinada. Sua palavra pesa mais que a minha.
Murilo apenas suspirou.
Aquilo, no fim das contas, era o mesmo que vender o tempo de Beatriz em troca de uma possível parceria.
E pensar que ele tinha prometido que ela não precisaria fazer nada... Agora estava com a cara no chão.
— Sr. Gabriel, por favor, sente-se. Beatriz, você também. Vamos conversar com calma. — Disse Murilo, forçando um sorriso, mesmo sem graça.
Beatriz lançou um olhar rápido ao seu chefe. Suspirou por dentro.
Depois olhou para Gabriel e respondeu:
— Dez min