Agora não era mais um coelhinho bravo, era um coelhinho Godzilla, furioso, descontrolado, girando os bracinhos inúteis como se fossem socos mortais. E, honestamente, aquilo estava até divertido.
Eduardo terminou de ver o último print, saiu da imagem e, logo em seguida, surgiu uma sequência de mensagens da irmã:
[Você vai me explicar agora por que ficou flertando com a minha amiga?]
[E aquelas provocações que você fez com o Gabriel ontem à noite? Fala a verdade, era o que você queria dizer mesmo, só usou minha fala como desculpa.]
[Você colocou a mão na cintura dela? Deu a mão pra ela? Vamos, confessa logo!]
Eduardo digitou apenas uma resposta, para a última pergunta:
[Pergunta pra ela se eu encostei ou não.]
Letícia ficou sem palavras...
Sinceramente, às vezes ela tinha quase certeza: o irmão era um cínico introvertido, cheio de segundas intenções.
Nem respondeu por mensagem. Foi direto até o escritório dele. Abriu a porta, puxou uma cadeira e se sentou de frente para ele, com cara de