Disse que o Gabriel estava quieto até pouco tempo atrás. Parecia ter se acalmado. Mas, do nada, voltou a soluçar... De partir o coração de quem ouvia, de fazer chorar quem visse.
Na sala da frente, o Sr. Henrique repousou a xícara de café ao ouvir o comentário. Sem qualquer expressão no rosto, respondeu:
— Quem trabalha até se cansar também para pra descansar. Se chorar cansa, que pare. Quando estiver descansado, que chore de novo. — Respondeu com frieza.
O mordomo ficou sem palavras.
— É... Então tá... Não deveríamos tomar alguma providência? — Insistiu, preocupado. — O Sr. Gabriel nesse estado... Não faz bem pra saúde. E se isso acabar afetando o desempenho dele na segunda-feira?
— Não se meta. São só dois dias. Se isso for suficiente pra prejudicar o trabalho, então ele que se despeça da presidência do Grupo Pereira. — Resmungou o Sr. Henrique, seco. — Sempre tem algum lobo à espreita, só esperando uma chance pra tomar o lugar dele.
Ao ouvir isso, o mordomo lembrou-se daquele filho