— Não... Não é isso, eu juro que não é... — Gabriel balançava a cabeça freneticamente, olhando para Beatriz com desespero.
— Vai negar as palavras que você mesmo disse? Quer que eu chame a Vitória pra testemunhar?
Beatriz retrucou com sarcasmo. O olhar era afiado como lâmina.
— Eu... Aquilo foi outra versão de mim, foi num momento de raiva! Agora é diferente! Eu não voltei pra te machucar, Beatriz, eu... — Antes que pudesse terminar, os policiais já tinham algemado suas mãos. — Eu te amo!
A frase finalmente escapou. Saiu com dor, com urgência, como algo que ele vinha sufocando há muito tempo. Enquanto era levado pelos agentes, Gabriel ainda se virava, os olhos fixos nela.
Mas Beatriz nem sequer olhou para trás. Como se não tivesse ouvido nada.
Gabriel foi colocado dentro do carro da polícia. Ela ficou parada, imóvel no lugar. Os punhos cerrados com força era isso que a impedia de virar.
“Ele tá louco? O que ele tá falando?
Dizer que... gostava dela?
Ridículo. Soava falso. Tão falso qua