Com a ajuda dos seguranças, Daniel conseguiu se levantar. Ainda ofegante, olhou nos olhos aflitos de Beatriz e disse, tentando acalmá-la:

— Estou bem... Aguento tranquilo.

Beatriz correu até ele, apoiando-o pelo braço. Aquele gesto simples, a preocupação estampada no rosto dela, fez os olhos de Gabriel ficarem vermelhos de raiva mais uma vez.

Ele começou a se debater, tentando empurrar os seguranças que o seguravam com força.

Ele ia matar aquele desgraçado. Ia mesmo.

Três homens fortes o continham, e foi nesse momento que Beatriz se virou e começou a caminhar lentamente em direção a ele.

— É ele, não é?! É ele que você sempre gostou, não é?! Da última vez, era com ele que você estava falando ao telefone!

Gabriel gritava fora de si, consumido pelo ciúme.

Aquele maldito diário... Beatriz o levava pra todo canto, até mesmo depois de casada. Um diário que guardava desde o ensino médio, recheado de uma paixão secreta.

Era por esse homem, não era?

— Me diz, Beatriz... Você alguma vez me amou