Era tarde da noite, e aquele maluco do Gabriel ainda estava lá, à espreita dela. O telefonema da noite anterior tinha sido completamente em vão.
— Você está me confundindo com outra pessoa. — Murmurou Beatriz em voz baixa, tentando puxar a mão de volta.
— Eu nunca te confundiria! Mesmo que virasse pó... Eu ainda te reconheceria. Se tem coragem, me mostra esse rosto!
Gabriel passou de segurá-la com uma mão a agarrar os dois braços com força. A dor fez Beatriz franzir a testa.
Ela tentou se soltar de todas as formas, ou pelo menos alcançar o celular para chamar a polícia. Mas era impossível escapar daquela força de ferro.
Além disso, por estar de salto alto, um puxão mais brusco a desequilibrou. Ela caiu para trás.
Suas costas bateram contra o peito dele. Gabriel aproveitou o momento e arrancou seus óculos escuros. Ao encarar aqueles olhos cheios de pânico e raiva, não teve mais dúvidas.
— Ainda vai dizer que não é a Beatriz? Então por que está toda coberta assim?
Ele estendeu a mão de n