Diante da insistência de Daniel, Beatriz não teve escolha a não ser levantar e guardar suas coisas. Se continuasse ali, ele teria certeza de que o diretor estava pegando no pé dela.
Ao saírem, Daniel entregou a ela o crachá de acesso ao elevador.
— Obrigada. Você não precisava vir só pra isso. Podia ter mandado seu assistente me entregar. — Disse Beatriz.
Daniel olhou para ela, com um leve sorriso nos lábios. Se não entregasse pessoalmente, que desculpa teria para oferecer uma carona?
— É no mesmo andar. Dois passos. Nem valia incomodar meu assistente com isso. — Respondeu ele.
Dentro do elevador, o celular de Beatriz voltou a tocar. Ela tirou do bolso, conferiu o número, desconhecido novamente e, sem hesitar, bloqueou.
Ainda estava com o aparelho na mão quando outra ligação surgiu, também de um número estranho. Sua mão apertou levemente o celular, os olhos se tornaram mais duros. Ela bloqueou de novo e ativou o modo silencioso.
— De novo aquele vendedor? — Perguntou Daniel, lançando u