[Caso contrário, as pessoas vão achar que meu assistente não tem o mínimo de profissionalismo.]
Rafael soltou um risinho.
“Hehehe... Essa desculpa aí só deixou mais na cara, hein? Tentou esconder e acabou se entregando.”
Mas, como um bom funcionário com carteira assinada, ele só ousava resmungar por dentro, responder, jamais.
O carro seguia em velocidade constante. Beatriz olhava pela janela, distraída com a paisagem, sem a menor vontade de perguntar como Gabriel sabia o horário da sua alta, muito menos por que ele tinha ido buscá-la.
Afinal, a razão era sempre a mesma: calar a boca dela. Evitar que dissesse algo inconveniente na frente do Sr. Henrique. Ou talvez... Fosse só um resto de consciência. No fim das contas, tinha sido ele quem a derrubou e causou a fratura.
No banco de trás, Gabriel também mantinha o silêncio. O olhar fixo na parte de trás da cabeça dela, depois descendo até o pé.
As bolhas haviam sumido, restando só marcas vermelhas bem suaves. Ela já andava com leveza, e