Beatriz inspirou fundo, tentando conter o impulso de discutir.
"Afinal, é só um lugar pra dormir. Dormir aqui ou ali, qual a diferença?", pensou. No fim das contas, faltavam apenas dez dias. Ela conseguiria aguentar.
— Onde estão as minhas coisas? — Perguntou, com a voz firme.
Gabriel percebeu que, apesar da raiva evidente, ela logo recuperava a compostura. Respondeu com naturalidade:
— A Vi pediu para colocarem tudo no quartinho de hóspedes.
Beatriz foi até o outro cômodo. Ao abrir a porta, deu de cara com uma bagunça completa. Suas coisas estavam jogadas no chão como se fossem entulho. Quem olhasse, acharia que era lixo de uma mudança apressada.
Rafael entrou logo atrás e prendeu a respiração.
“A Beatriz sendo tratada desse jeito pela amante? O quarto tomado à força, e ainda mandam ela dormir num depósito? Isso já passou de todos os limites...”
Gabriel chegou em seguida, viu a cena e travou por um instante. Em seguida, virou-se para Vitória com o semblante fechado:
— É assim que a