— E agora? — A voz de Vitória saiu embargada. — Meus documentos estão todos na bolsa… Não posso ir para outro hotel sem eles.
Gabriel ficou em silêncio por alguns segundos, depois respondeu com firmeza:
— Vamos para minha casa.
Vitória hesitou por um momento. Baixou a cabeça, assumindo um ar humilde e contido:
— Não sei se é o certo… Não quero ser o motivo de mais brigas entre você e a Bia.
Gabriel soltou um suspiro impaciente:
— Ela não tem do que reclamar. A casa é minha. Quem entra ou fica lá, decido eu.
As palavras dele foram frias, cortantes.
Vitória ainda tinha o rosto molhado pelas lágrimas, mas diante da atitude decidida de Gabriel, não insistiu. Fingiu uma última resistência tímida, que ele ignorou por completo, conduzindo-a diretamente ao condomínio.
No elevador, Vitória caminhava atrás dele. Quando chegaram ao andar, ela discretamente passou o dedo pelo pescoço, esfregando com força a base da maquiagem até deixar à mostra, de propósito, a marca de uma chupada.
A porta do apa