— Gabi, você tá bem? E a Bia? Como ela tá? — Do lado de fora do banheiro, Vitória olhava para ele com um ar preocupado, quase dramático, observando o homem todo molhado e desarrumado.
— Estou bem. Vou trocar de roupa. — Respondeu Gabriel, ainda fervendo de raiva.
Vitória fingiu que ia abrir a porta do banheiro, mas sua mão foi imediatamente agarrada por Gabriel.
Ele a puxou para trás, encarando a porta de vidro com fúria.
— Não entra. Aquela louca vai jogar água em você também. Eu juro, essa mulher devia estar internada num hospício!
— A Bia com certeza não fez por mal... não fica bravo com ela…
Vitória tentou acalmá-lo, assumindo o papel de mediadora, com aquela voz doce e compreensiva que ela sabia usar tão bem.
Mas isso só alimentou ainda mais a raiva de Gabriel. Ele soltou uma nova enxurrada de insultos, palavras cruéis e venenosas, carregadas de desprezo.
No banheiro.
As vozes dos dois atravessavam a porta, cada sílaba batendo como marteladas no peito de Beatriz.
Sentada no chão