Ele não tinha o que dizer.
Nem desculpas, nem justificativas.
A única opção era baixar a cabeça e aceitar a culpa.
— Todos esses anos… O Gabi nunca tratou direito do estômago? — Disse Tatiane, mudando sutilmente o rumo da conversa. — Pode parecer uma coisa pequena, mas agora ele tá até internado. Isso preocupa.
Ela franziu o cenho, com o rosto tomado por uma expressão de pura preocupação.
Parecia até que Gabriel era seu filho de sangue.
Sr. Henrique, por sua vez, manteve a expressão neutra. Mas, por dentro…
Aquela mulher não era simples.
Sabia se portar.
Sabia o que dizer.
E, mais que tudo, sabia fingir.
Afinal… Quem foi uma das responsáveis pela morte da mãe de Gabriel?
Ela.
Talvez a principal.
E agora estava ali, posando de boazinha, sem nem um pingo de culpa no rosto?
— Pai, o senhor sabe em que hospital o Gabi tá? — Perguntou Tatiane, com um tom doce. — Eu queria preparar uma sopinha especial pra levar pra ele. Só pra cuidar um pouquinho dele, sabe?
Ela abaixou os olhos, fingindo h