FREDERICK
Dois meses se passaram...
Minha vida estava um verdadeiro caos, cada dia uma avalanche de compromissos, responsabilidades e decisões inadiáveis. Nem tempo para respirar eu tinha, muito menos para relaxar... E tocar piano? Algo que antes era como uma extensão da minha alma, agora parecia um luxo inalcançável. Agradeço aos céus por não estar em turnê — já que, na verdade, parei com os shows. O último foi para Fernanda, um espetáculo feito para ela, diante de todos, onde me entreguei ao piano e a fiz sentir o amor que queima em mim. Desde aquele dia, decidi não me apresentar mais em público. Logo depois, assumi as empresas, e a partir de então o ritmo ficou insano, um turbilhão que engolia tudo.
Meu amigo César, aquele que mantém minha agenda sob controle, precisou de uma folga. E foi merecida, pois a sua vida também virou de pernas para o ar agora que a responsabilidade de tocar os negócios da família caiu sobre ele. Sabíamos que esse dia chegaria, mas, como tudo que desafia o