Os dias seguiram num ritmo estranho, uma dança de intimidade e distância. À noite, Romeu entrava no quarto de Isabella, sua presença um misto de conforto e controle, os corpos encontrando um compasso familiar na escuridão. Pela manhã, ele já tinha ido trabalhar, lidando com os negócios que o mantinham preso ao seu mundo de poder e segredos. Isabella ficava acordada, os lençóis ainda quentes do toque dele, lutando contra a contradição de desejá-lo e ressentir a forma como ele parecia reivindicá-la sem se entregar por inteiro.
O desconforto que se instalara em seu peito não ia embora. O “noivado falso” começava a se misturar com algo que ela não conseguia definir. A conexão física era inegável, mas a falta de compromisso a corroía. Ela não fora feita para isso, uma relação baseada em desejo, sem base em confiança ou promessas.
Decidida a retomar algum controle, marcou uma consulta com o Dr. Almeida, o médico idoso que atendia ela e sua mãe anos atrás. Era uma das poucas pessoas em quem