Lúcia acabara de descrever um homem de beleza incomparável, corajoso, alto, incrivelmente habilidoso... e ainda disse que ele era atencioso, carinhoso, que cuidava dela com dedicação, como se o tempo não tivesse passado.
— Pedro? — Mariana pensou consigo mesma, sem acreditar. — É o Pedro que eu conheço? Esse mundo só pode estar louco!
Assim como Lucas e Paulo, Mariana conhecia Pedro desde pequena. Durante toda a infância e adolescência, Pedro não perdia uma oportunidade de atormentá-la. Ele fazia questão de humilhá-la e zombar dela sempre que podia, encontrando formas de rebaixá-la a qualquer custo.
Às vezes, Mariana se perguntava o que tinha feito de tão grave em outra vida para merecer ser alvo de tanto desprezo por parte de Pedro nesta.
E agora, alguém ousava dizer que tudo isso era porque Pedro, na verdade, a amava e que o ódio dele era apenas um reflexo desse amor?
Mariana não sabia se ria ou se ficava ainda mais irritada.
— É isso mesmo! — Lúcia continuou, enfática. — O Pedro que