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Solucei e suspirei.

— Ainda, não é? Daqui a pouco já não vai estar mais, merda!

Mattias deu uma risada triste e abafada. Realmente parecia estar fazendo a canalhice de gostar de saber que eu me importava. Ele bocejou, abriu a janela, como que para ajudar a espantar o sono e o cansaço. O vento invadiu o carro e esvoaçou nossos fios claros.

— Tente entender, Carbone ou Sartori — ele sorriu e limpou minha face com a ponta do dedo. — Preciso conhecer coisas novas, recomeçar minha vida, talvez me apaixonar de novo… e principalmente ficar ao lado da minha mãe. Vamos morar na casa do meu avô durante um tempo, até conseguirmos um apartamento legal. Vai ser bom para mim, para você, além do mais, preciso de um tempo longe do velho. E mesmo se passar uma centena de anos, e meu pênis parar de funcionar, eu jamais esquecerei de você, loirinha. Eu juro.

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