Mariana
O sol da manhã brilhava forte, o céu tão azul que parecia pintado. Eu ajeitei o chapéu da Isabela na cabeça dela e sorri. Ela estava tão linda no seu vestidinho rosa, tão animada batendo as mãozinhas enquanto a babá, Virgínia, empurrava devagar o carrinho pelo calçadão do parque.
Atrás da gente, discretamente, dois seguranças — contratados pelo Henrique — nos acompanhavam de longe. Eu não queria, mas depois de tudo que aconteceu, depois das ameaças e daquela gente maluca, ele insistiu. E eu sabia que era o certo.
— Tá cansada, meu amor? — perguntei para Isabela, acariciando seu rostinho. Ela respondeu com um sorriso banguela que aqueceu meu peito.
Era para ser um dia tranquilo.
Era.
Até que tudo aconteceu tão rápido que parecia um pesadelo.
Eu vi dois homens se aproximando. Um deles falava no celular, o outro fingia olhar vitrines. Um frio percorreu minha espinha. Meu instinto de mãe gritou tão alto que quase me fez gritar.
Em segundos, o homem que estava de celular cor