Henrique
A estrada de volta para casa parecia mais tranquila do que nunca. O silêncio dentro do carro não era incômodo, era um silêncio cheio de paz. Isabella dormia no banco de trás, com o rostinho encostado no ursinho que ganhou em Aspen. Mariana olhava pela janela, com um leve sorriso nos lábios, acariciando a barriga. Nosso Noah também parecia calmo. O retorno da viagem era como voltar com o coração renovado, com a alma lavada.
— Amor — chamei, segurando sua mão por cima do câmbio. — Foi bom pra você?
Ela me olhou e sorriu mais abertamente.
— Foi perfeito. Eu nem sabia que precisava tanto disso. O ar puro, o silêncio… só a gente. E ver a Isabella tão feliz… parecia que nada mais existia.
Assenti, sentindo o mesmo. Aquele tempo longe de tudo tinha curado partes da gente que estavam adoecidas. As preocupações ainda existiam, claro — o tratamento da Mariana, o processo da Clara, a segurança da nossa família — mas agora tudo parecia mais possível de enfrentar.
Chegamos em casa