Os primeiros raios de sol invadiram o quarto de hóspedes, iluminando suavemente as caixas que ainda não estavam fechadas. Helena sentou-se à beira da cama, a cabeça apoiada nas mãos, sentindo o peso de sua decisão. Aceitar a proposta da GlobalTech parecia, ao mesmo tempo, um salto no escuro e a única escolha sensata.
O envelope com a carta de Eduardo repousava ao seu lado, dobrado com cuidado, mas intocado. Ela havia passado a noite relendo aquelas palavras, ponderando cada frase escrita. A sinceridade crua que ele expusera era um reflexo do homem que ele podia ser — mas também um lembrete de quem ele vinha sendo até agora: frio, desconfiado, muitas vezes impenetrável.
A conversa da noite anterior ainda ressoava em seus pensamentos. Ele finalmente dissera que a amava. Finalmente reconhecera que não queria perdê-la. Mas a questão não era mais só sobre o que Eduardo sentia. Era sobre o que ela precisava. E, pela primeira vez em muito tempo, Helena sabia o que isso significava: ela p