Gael Lubianco
Depois de dois dias inteiros mergulhados em risadas, carrinhos de bebê lotados de brinquedos e olhos marejados com fogos de artifício, chegou a hora de voltar para casa. A viagem ao Beto Carrero tinha sido mais do que uma simples comemoração de aniversário: foi um marco. Algo dentro de mim havia se acalmado, como se aquela experiência tivesse me lembrado daquilo que realmente importava.
Eu ajeitava as malas no porta-malas do carro enquanto Leandra cuidava dos meninos. Breno tentava escapar de seus bracinhos, curioso com tudo, e Bernardo, mais tranquilo, chupava o dedo, observando o irmão. Sorri sozinho ao vê-los — era impossível não me derreter com aqueles dois.
Fechei o porta-malas com firmeza e conferi mentalmente: malas, mochilas com roupas extras dos meninos, brinquedos, fraldas, a sacola de lembrancinhas do parque que Lele fez questão de comprar. Tudo certo. Estava prestes a entrar no carro quando o celular vibrou no meu bolso.
Peguei o aparelho e, assim que vi o nú