Capítulo 36

A sala de espera carregava aquele silêncio opressor que, por mais gente que houvesse ao redor, sempre parecia vazio. As paredes brancas, a iluminação fria e o cheiro de antisséptico davam a sensação de que o tempo tinha parado. Sentada ao lado de Gael, com os dedos entrelaçados aos dele, tentava controlar a respiração, mas o coração insistia em acelerar.

O relógio na parede marcava cada minuto como se fossem horas. O tique-taque se tornava ensurdecedor dentro da mente cansada, preenchida por cenários que não paravam de se formar. Bastava fechar os olhos para que as lembranças viessem, tão vivas que era como se acontecessem naquele instante.

A imagem de vovó preparando café logo cedo, o aroma forte misturado ao pão quentinho… lembranças que se cravavam com clareza. A maneira como penteava meus cabelos na infância, sempre paciente, sempre com aquele olhar que dizia mais do que mil palavras. “Não tenha pressa, minha menina. O mundo corre, mas a gente precisa aprender a andar no nosso tem
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