Cheguei à empresa mais cedo do que o habitual. Depois de tudo o que tinha acontecido com Paulina no dia anterior, estava com a cabeça fervendo, mas focado. Não podia me dar ao luxo de vacilar, não agora, quando Lorenzo estava claramente disposto a tudo para tentar tomar o que nunca foi dele.
Assim que parei no corredor da presidência, percebi que havia algo errado. Os olhares dos funcionários eram inquietos, desconfortáveis, como se escondessem alguma novidade que não tinham coragem de verbalizar.
E quando empurrei a porta da sala da presidência, entendi perfeitamente o motivo.
Lorenzo estava sentado na minha cadeira.
Na minha mesa.
Com os pés apoiados em cima como se estivesse no quintal de casa.
Um sorriso debochado estampado no rosto.
— Ora, ora… o presidente finalmente chegou — disse ele, esticando as mãos atrás da cabeça como se estivesse muito confortável naquele papel que nunca seria dele.
Controlei a vontade de voar no pescoço dele.
— Levante-se dessa cadeira — ordenei. Minha