O silêncio do quarto era ensurdecedor.
Eu olhava para o celular ainda tremendo entre os meus dedos, e a única coisa que ecoava na minha mente era o som seco da chamada encerrada.
Ela desligou.
Leandra viu a foto.
Encostei as mãos no rosto, respirando fundo, tentando entender como as coisas puderam sair do controle tão rápido. Em questão de minutos, uma mulher desequilibrada, vingativa e invejosa conseguiu destruir a confiança que levei meses para reconquistar.
— Maldita hora que deixei aquela mulher entrar aqui… — murmurei, com raiva de mim mesmo.
Levantei da cadeira, andando de um lado pro outro, o coração batendo descompassado, o corpo inteiro tomado por uma sensação que eu não sabia se era raiva, medo ou desespero.
A verdade é que era tudo isso junto — e mais um pouco.
Peguei o celular novamente e tentei ligar.
Uma.
Duas.
Três vezes.
Nada.
Leandra recusava todas as minhas chamadas.
Enviei mensagem.
“Le, por favor, não acredita no que você viu. Eu posso explicar.”
Visualizado.
Sem r