Acordei antes mesmo do sol nascer, o coração acelerado, as mãos inquietas, e uma sensação que misturava desespero e esperança. Mal consegui dormir depois da conversa com minha mãe. As palavras dela ecoavam sem cessar, como se tivessem sido gravadas no fundo da minha mente: “Mulheres como Leandra são uma em um milhão. Traga-a de volta.”
Desde o momento em que ela saiu do escritório, algo dentro de mim mudou. Eu sabia que se não fizesse nada, me arrependeria pelo resto da vida.
A casa ainda dormia. O silêncio era cortado apenas pelo som suave dos gêmeos respirando no quarto ao lado. Abri a porta devagar e me aproximei de suas camas. Bruno dormia abraçado ao travesseiro, enquanto Breno segurava o brinquedo que Leandra havia comprado no parque. Fiquei ali por alguns minutos, observando os dois, sentindo a garganta apertar.
Eles eram o reflexo de tudo o que estava em jogo. A vida que Leandra e eu estávamos construindo, mesmo com todas as falhas, ainda era o que eu mais queria proteger.
Dei