Ela mantinha o termômetro na boca, aparentando exaustão, mas havia um lampejo de irritação em sua expressão que a tornava um tanto adorável e também despertava compaixão.
À medida que o tempo passava, Roberto retirava o termômetro de sua boca e observava a temperatura, trinta e oito graus.
Era uma febre moderada.
Contudo, ao ver esse número, Roberto franzia a testa, preocupado:
— Vou te levar ao hospital para te hidratar.
— Não, eu não quero ir ao hospital. — Jaqueline se mostrava bastante resistente à ideia.
— Mas você está febril, precisa de cuidados...
— Roberto, por que insiste em me levar ao hospital? Você me traumatizou com isso, lembra? Foi você que me trouxe ao hospital e por isso estou assim, o que mais você quer?
Jaqueline falava isso propositalmente, ela tinha um grande receio de ir ao hospital, preocupada que exames pudessem revelar sua gravidez.
Roberto pausava, então respondia:
— Você não precisa ir ao hospital, posso chamar um médico para vir aqui e te aplicar soro.
— O