Ela contaria para Roberto. Já estava começando a entender tudo, mas ainda não era o momento.
Atualmente, ela mantinha apenas uma relação conjugal nominal com George. Entre os três, tudo era um caos. Ela achava melhor esperar George se recuperar, que o divórcio fosse finalizado e o bebê estivesse para nascer. Só aí falaria com ele.
Ela sabia que, se Roberto descobrisse que ela e George teriam um filho, ele com certeza não aceitaria numa boa. E, no estado atual de George, ele também não aguentaria aquele tipo de choque.
Roberto assentiu com a cabeça:
— Se você não gosta de ouvir, eu não falo. Eu não falo mais.
— Roberto, na verdade, ao ouvir você me dizer essas coisas, de repente sinto que você amadureceu. Está conseguindo enxergar as coisas do ponto de vista dos outros, e não só com os seus próprios olhos. Por isso, posso retirar aquelas palavras duras que disse antes.
Essa foi a frase mais reconfortante que Roberto ouviu naquele dia. Aliviou um pouco a dor lancinante que sentia no peit