Reginaldo suspirou e acenou com a cabeça:— Então está bem, vamos sair primeiro.Todos deixaram o quarto do hospital e fecharam a porta atrás de si.Apenas Jaqueline e George permaneceram no quarto.— George, todos se foram, você está se sentindo melhor agora?Jaqueline percebeu a inquietação de George, afinal, eram todos membros da sua família, e ele não se lembrava deles, o que realmente era uma pena.George acenou com a cabeça:— Sim, estou me sentindo um pouco melhor. Desculpe, Jaqueline, eu não me lembro deles. Quando os vejo, sinto uma pressão enorme. Será que eu tinha uma relação ruim com eles antes?Jaqueline respondeu:— Não exatamente, seu pai era bastante rigoroso, é verdade, mas você tinha uma boa relação com sua irmã. Ela também te faz sentir desconfortável?George respondeu:— Não sei, agora, sempre que tento pensar neles, sinto uma dor de cabeça terrível. Estou tentando lembrar de alguma coisa, mas é muito desconfortável.Vendo George desconfortável, Jaqueline se apresso
George perguntou, esperançoso: — Fui eu quem te pediu em casamento? E então, como foi a cena? Foi romântica?Jaqueline esboçou um sorriso:— Sim, foi muito romântico."Parece que George realmente esqueceu."— Isso é bom, Jaqueline. O fato de você ter me escolhido prova que confiou tudo em mim e que me ama, certo?Seu polegar gentilmente acariciava o dorso da mão de Jaqueline, cada movimento transbordava amor.Jaqueline de repente ficou nervosa, as coisas estavam saindo do controle. George havia perdido parte de sua memória, levando ele a acreditar que eles se casaram por amor.— O que houve? — George percebeu que Jaqueline estava distante e ficou preocupado. — Eu disse algo errado? Você não me ama?O rosto de George gradualmente se encheu de pânico:— Jaqueline, seja honesta comigo. O que está acontecendo? Ah! — De repente, George gemeu, segurando a cabeça e se virando, como se estivesse em grande dor.— George, o que há com você? Está se sentindo mal? É dor de cabeça? — Jaqueline per
Cláudio disse:— Eu já pedi para que os departamentos responsáveis intensifiquem as investigações, mas até agora não há pistas. Até as gravações das câmeras de segurança nas ruas desapareceram em grande quantidade, não se sabe sequer para onde George foi.Isabelly, alarmada, perguntou:— Então, você está dizendo que as gravações das câmeras foram destruídas intencionalmente? Quem teria capacidade para fazer isso?Cláudio assentiu:— Sim, definitivamente é alguém com grandes habilidades, capaz de eliminar todas as evidências.— Será que foi o ex-marido de Jaqueline? — Isabelly sugeriu. — O ex-marido dela tem a perseguido incessantemente e teve várias brigas com George. Será que ele poderia ter feito algo para prejudicar George? Se Roberto quisesse, ele certamente conseguiria, considerando que pessoas como ele podem mobilizar certas forças para ajudá-lo.Cláudio, franzindo o cenho, pensativo, após um momento, disse:— Ele tem uma amante que está gravemente doente e precisa de um transpla
Ao observar George cada vez mais inquieto, Jaqueline se recordou das advertências do médico:— George, por favor, não faça isso.— Não, Jaqueline, eu não posso permitir que algo aconteça com você, eu preciso lembrar como era antes.No entanto, a cada tentativa de rememorar, a dor de cabeça se intensificava insuportavelmente.— George. — Jaqueline o abraçou firmemente, o segurando em seus braços, com suas mãos delicadas acariciando seu rosto. — Está tudo bem, não pense mais nisso, agora o mais importante é você se recuperar. Quando estiver melhor, aí sim poderá pensar nisso. Veja, há tantos seguranças aqui fora para nos proteger, eu ficarei bem. Você acabou de acordar, e se algo acontecer novamente, o que eu vou fazer? Por mim, pare de pensar nisso, está bem?A suavidade do corpo dela acalmou o homem agitado, que, nos seus braços, se tornou dócil como um gatinho, fechando os olhos lentamente.Uma onda de exaustão o atingiu, e ele envolveu os braços em torno da cintura de Jaqueline, abra
Jaqueline ficou paralisada por um momento, sua cabeça quase explodiu.Ainda sentia o calor dos lábios de George nos seus, deixando ela completamente perdida."Ele me beija, assim, de repente?"No entanto, ao ver a expressão de felicidade plena no rosto do homem em seus braços, como a de uma criança que acabou de comer um doce, ela não teve coragem de culpá-lo."Isso também não é culpa do George, afinal, ele realmente me trata como esposa. Um marido beijar a esposa é algo muito normal. Se eu reagir de forma exagerada, com certeza vou irritar ele."Jaqueline olhou para o relógio, baixou a cabeça e disse a George: — George, você deve estar com fome, não é? Vou preparar algo para você comer. O que você gostaria?George pensou por um momento: — Não me lembro do que gosto de comer, mas adoro tudo que você prepara para mim.Ele sorriu como um adolescente.Jaqueline assentiu: — Então eu vou comprar algo para você e você tem que comer tudo, sem reclamar, está bem? — Ela falava com George com
— É mesmo? Ele acordou! — Heitor exclamou empolgado. — Que bom, então você não ficará mais triste, estou tão feliz.Heitor abriu os braços: — Irmã, posso te dar um abraço?— Tá bom. — Jaqueline levantou a mão e afagou sua cabeça. — Abraçar? Estamos em público, e eu sou uma mulher casada.— E daí? Eu sou seu irmão. — Heitor resmungou.— Você também é um homem adulto.— Ha ha. — Heitor riu alegremente.— Do que você está rindo?Heitor disse: — Irmã, você disse que eu sou um homem adulto, estou tão feliz, isso prova que não sou mais uma criança.Jaqueline disse: — É, você não é mais uma criança, você é um gênio.Ela levantou o polegar.— Irmã, agora que vi que você está bem, eu vou indo, não quero te incomodar mais, na próxima vez vamos jantar juntos, ainda não cumprimos aquela promessa de jantar juntos.Jaqueline respondeu: — Espere eu ficar menos ocupada e, quando eu tiver um tempo, eu te convido para jantar.— Tudo bem, irmã, vou lembrar disso, até logo. — Heitor acenou para ela en
Para George, cada minuto sem Jaqueline ao seu lado eram excruciantemente longos, e ele contava cada segundo. Finalmente, a porta do quarto do hospital se abriu e, num primeiro momento de alegria, George pensou que Jaqueline tinha chegado. No entanto, ao virar a cabeça, cheio de expectativa, viu o segurança entrando com comida. A expressão de George imediatamente se fechou.— Sr. George, aqui está a comida que comprei para o senhor. Vou servir para você.Ao lado da cama, havia uma mesa dobrável, bastava apertar um botão para que a mesa se desdobrasse e ficasse nivelada sobre a cama, permitindo que o paciente colocasse sua comida.— Onde está Jaqueline? Por que você está aqui?O segurança respondeu:— Sra. Jaqueline disse que tinha que resolver um assunto urgente e não poderia vir agora. Ela pediu para eu trazer a comida para você primeiro. Você come e depois descansa um pouco. Ela vai voltar assim que puder.— O que ela está fazendo? — George perguntou, ansioso. — Onde ela está agora?
Jaqueline Valente estava encolhida na cama, acariciando levemente sua barriga. Ela suspirou de alívio, feliz por saber que o bebê estava bem. Na noite anterior, Roberto Santana havia retornado e queria ter um momento de intimidade com ela. Eles não se viam há dois meses e ela não teve coragem de recusar ele.Roberto já tinha terminado de se arrumar. Vestido com um terno cinza feito sob medida, ele exibia uma figura alta e esbelta, elegante e atraente. Sentado em uma cadeira, ele trabalhava em seu tablet, deslizando os dedos na tela de forma lenta e preguiçosa, exalando uma aura de sensualidade.Ele notou a mulher na cama, enrolada no cobertor, com apenas a cabeça de fora. Seus olhos negros e brilhantes o observavam atentamente. Com um tom indiferente, ele disse: — Acordou? Levanta e vem tomar café da manhã.— Está bem. — Respondeu Jaqueline, corando enquanto se levantava da cama e vestia seu pijama.Na sala de jantar, Jaqueline continuava a cutucar os ovos no prato com seu garfo, enq