Roberto estava prestes a responder, mas subitamente algo lhe ocorreu. Se virou para Ângela, um lampejo de seriedade atravessou seu olhar e, então, ele declarou:
— Tudo bem, encontrarei você esta noite.
— Assim está combinado, não esqueça o que você disse ontem à noite enquanto estava embriagado. Estou tentando te ajudar, não perca esta oportunidade, não cometa mais erros, vou desligar agora.
Se não fosse seu próprio filho, ela não teria insistido tanto.
Jamais iria advertir um tolo sobre a tolice dos outros. Deixaria que continuassem sendo tolos, morrerem tolos seria merecido.
Mas, sendo seu filho, ela sentia a necessidade de alertá-lo sobre sua tolice e a urgência de mudança.
Nádia estava prestes a desligar o telefone quando Roberto, apressado, interrompeu:
— Mãe, você não deveria ter usado meu telefone para enviar aquela mensagem para Ângela ontem à noite.
— Eu enviei, e daí? O que você pretende fazer a respeito? — Apesar de saber que era errado usar o telefone de outra pessoa para e