VITTORIO
A água morna da jacuzzi rodeava o corpo dela, fazendo o tecido fino da camisola aderir ainda mais à pele delicada. O olhar desafiador que Mia lançou para mim era uma arma afiada, mas eu sabia que por trás daquela máscara de coragem havia algo mais: um desejo tão perigoso quanto o meu.
Ela queria me confrontar, mas não tinha ideia de como isso era arriscado.
Aproximei-me devagar, deixando o silêncio pesado preencher o espaço entre nós. Cada movimento meu fazia a água ondular suavemente, aproximando nossos corpos mais do que Mia parecia confortável em admitir. Seus olhos estavam fixos em mim, um misto de apreensão e teimosia.
— Então você não tem medo? — perguntei, a voz baixa e carregada de provocação.
— Já disse que não — ela respondeu, erguendo o queixo em um gesto que só aumentava meu desejo de quebrar sua fachada.
Inclinei-me um pouco mais, meu rosto a poucos centímetros do dela, o calor de nossas respirações se misturando. Ela permaneceu imóvel, mas seus olhos me desafiav