37- Janete

Janete narrando

Quando ele fechou aquela porta, eu já sabia… não tinha mais volta. O olhar do Pantera tava diferente, mais intenso, mais faminto. E eu? Eu tava pronta. Pronta pra encarar aquele fogo que só ele sabe acender em mim.

Quando me encostou na parede e falou daquele jeito, baixo e rouco, meu corpo inteiro arrepiou. Era como se cada palavra dele fosse uma faísca no meu corpo.

— Tu tá brincando com fogo, Janete… e hoje cê vai queimar.

Eu nem pensei, só soltei aquele sorriso sacana e desafiei:

— Então me queima, Pantera… tô aqui pra isso.

A forma como ele me beijou… bruto, urgente, cheio de vontade. Era como se ele tivesse guardado aquilo tudo só pra mim. Minhas mãos nem sabiam onde parar, meu corpo pedia mais, muito mais. E ele dava. Me dava cada toque como se fosse uma promessa, como se quisesse marcar cada pedaço meu.

Quando sussurrou no meu ouvido que eu era dele… nossa. Um arrepio subiu pela espinha e eu só consegui puxar ele mais pra perto. Eu queria ele inteiro.

Ali, naq
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