36- Pantera

Pantera narrando

Mano, eu já tava no veneno.

Desde que a Janete sumiu, meu peito tava pesado, minha mente não parava. Cada esquina que eu virava no morro, era na esperança de ver aquela cara de marrenta dela surgindo. Só que nada. Zero sinal. Zero pista. Só silêncio e desespero.

Fiquei na contenção na boca o dia todo, fingindo que tava de boa, mas qualquer um que olhasse no meu olho via que eu tava é bolado. Meu rádio não parava, nego perguntando, oferecendo ajuda, mas parecia que ela tinha evaporado.

Até que mais tarde, eu subi pro barraco, larguei o radinho do lado e encostei no sofá. Nem consegui comer, mano. Só fechei o olho e respirei fundo.

Foi aí que o celular vibrou.

Peguei no reflexo, coração disparado. Era um número desconhecido, mas com um print da localização. E uma mensagem simples:

—Avisa pro Pantera que a rainha tá voltando. Mas só quando ela quiser.

Minha mão chegou a tremer. Eu conhecia aquele deboche. Aquela ousadia. Era ela. Janete.

Levantei num pulo, já com o sorr
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