O silêncio do elevador era esmagador. Eu estava descendo para a Sala de Crise, mas me sentia caindo em um abismo moral.
“Eu o fiz sumir, Mel. Sumir para sempre.”
A confissão de Ethan sobre a eliminação de Peter era um fantasma frio que se agarrava à minha pele. A verdade não era uma transação corporativa, mas um crime de sangue que sustentava a dinastia Fonteine. E, ao assinar aquele contrato, ao aceitar o sobrenome, eu havia me tornado cúmplice, a terceira parte em uma conspiração.
Na Sala de Crise, a equipe de Patrícia trabalhava diligentemente, ignorando a tempestade moral que se desenrolava na cobertura. Eu me sentei, abri meu laptop e comecei a desenhar a auditoria de emergência, sentindo-me uma hipócrita.
Como eu poderia exigir retidão e transparência no passado deles, quando o meu presente estava manchado de sangue? A necessidade de me ancorar em algo real, algo limpo, era desesperadora. Meu olhar pousou no anel em meu dedo. O elo era inquebrável, mas a que custo?
Eu me a