As mãos de Ryuu apertaram a borda da mesa, os anéis de ouro refletindo a luz fraca das velas. Quando ele finalmente falou, sua voz saiu baixa e cortante, como se estivesse a um fio de perder o controle. Qualquer mulher sensata tomaria aquilo como um aviso.
— Lembro bem daquela noite nas Bahamas, quando adormecemos juntos no sofá. Você também não gostava de mim, mas não me afastou com tanta força. O que mudou desde então?
Inclinei-me para frente, apoiando os antebraços na mesa, oferecendo a ele um sorriso discreto, o suficiente para enganar qualquer um que estivesse nos observando. Mas o sorriso, embora suave, não combinava com a acidez do meu tom.
— Além de me deixar sozinha assim que chegamos, suas ridículas tentativas de me controlar e a sua obsessão por um beijo, entre mim e Nitta, que sequer aconteceu — sussurrei, mantendo a voz baixa para que não se espalhasse pelo restaurante. — Um beijo que você se recusa a discutir, mas pelo qual continua me julgando?
Ryuu se endireitou, os o