O dia passou tão rápido que Sheila e Luana só perceberam o quanto estavam entretidas quando um dos garçons se aproximou, com a típica expressão de quem já sonha com a cama, e avisou:
— Minhas senhoras, o restaurante fechará em meia hora.
— Oh, meu Deus! — exclamou Luana, soltando um riso que misturava surpresa e vinho. — Sinceras desculpas! Pode trazer a conta, por favor?
O jovem garçom afastou-se imediatamente, quase tropeçando no próprio avental enquanto ia até o balcão. Sheila, então, puxou a bolsa e começou uma busca frenética, sacudindo o acessório como se estivesse tentando acordar um gênio adormecido.
— O que você procura com tanto desespero? — perguntou Luana, rindo ainda mais alto, efeito colateral das horas regadas a álcool e confidências.
— Às vezes acho que essa bolsa é um buraco negro portátil. Não sei porque carrego tanta coisa. Juro que já encontrei um controle remoto e um biscoito velho aqui dentro — respondeu Sheila, soltando um suspiro digno de novela mexicana.
Rendi