Era domingo à noite e Thomas, de novo, tinha sido puxado para a realidade — estava no escritório, falando com um dos médicos da mãe. Ele provavelmente precisaria viajar essa semana e, mesmo entendendo, a sensação de despedida começou a se instalar enquanto eu arrumava minha mala com as roupas que ele havia comprado pra mim.
O fim de semana tinha sido intenso demais para ir embora como se tivesse sido um devaneio. Eu teria que enfrentar Louise, Mariana… e até o pai de Thomas. Mas agora eu tinha a confiança que vinha do jeito dele olhar pra mim… e do que ele se tornava ao meu lado.
Quando saí para ir à sala, ouvi a voz dele carregada de irritação. Não era comum e por um momento me senti culpada por poder ouvir.
— Pai, já expliquei o que aconteceu. E não quero que o senhor faça ou fale qualquer coisa com a Laura — ele disse, com firmeza. — Eu não me importo com isso. Eu já falei: não tente nada contra ela.
Meu corpo gelou. Ele estava disposto a brigar com o próprio pai por mim e