O limite inegociável
Catarina Evans
A notícia pairou no ar do quarto de hospital, densa e transformadora. Grávida. Um filho.
Lila ainda estava murmurando exclamações e Paul, o pai, estava longe. A urgência de compartilhá aquilo com ele, de sentir o seu alívio e a sua alegria, superou qualquer dor ou choque.
— Paul. Eu quero o Paul aqui — declarei, minha voz saindo mais firme do que eu esperava, cortando a euforia chorosa de Lila. O meu corpo estava vulnerável, mas a minha mente estava clara: eu precisava do meu marido.
Lila se virou para Aaron, que ainda estava perto da porta, o celular na mão, mas sem discar.
— Aaron, ligue para ele! Agora!
Aaron finalmente ergueu o celular, mas a mão tremia, e ele não conseguia discar. Ele tentou argumentar, a voz forçada em uma lógica fraca: — Ele... ele deve estar em uma reunião importante, Cat. Você acabou de desmaiar, ele vai entrar em pânico. Não é melhor você se acalmar primeiro? Eu te levo para casa e lá ligamos.
Eu o encarei. A pre