O Início da Reconstrução
Paul Evans
Soltei as mãos de Catarina, mantendo uma distância respeitosa, mas com os olhos fixos nos dela. A confissão parecia ter drenado toda a minha força, mas a sinceridade em minha postura era inegável.
- Você quer que eu diga o que fazer? - A voz de Catarina era um fio de som, as lágrimas ainda presas, mas o olhar agora era de avaliação, não apenas de mágoa. - A primeira coisa que você faz é assinar os papéis do divórcio.
A menção à palavra me atingiu novamente, mas desta vez, não com pânico. Era um teste. Uma prova de que eu falava sério sobre o amor e não sobre o status ou meu antigo amor por Tereza.
- Certo. - Disse, sem hesitar. - Eu assino. Sem cláusulas, sem brigas. Mas eu quero que você me prometa uma coisa.
Catarina inclinou a cabeça, cética.
- Me dê seis meses. - Continuei, a voz baixa e firme, quase uma súplica. - Assinamos os papéis hoje, mas não os protocolamos. Você os guarda. Nesse tempo, eu vou provar que não sou o covarde que fui