Narrador
No dia seguinte, Charlotte despertou lentamente, e a primeira coisa que viu foi aquele homem.
«Bom dia!», a voz de Federick infiltrou-se no quarto logo pela manhã. Mal conseguia abrir os olhos quando um ramo de flores apareceu no limiar da porta.
Esticou-se, abrindo os olhos com lentidão. A noite anterior tinha sido difícil, as enfermeiras não pararam de ir de um lado para o outro monitorizando-a, e os seus pensamentos, um caos de preocupações, não a deixaram descansar.
«Olá!», respondeu com voz ainda adormecida.
«Conseguiste dormir alguma coisa?», Ele aproximou-se dela e deu-lhe um beijo na bochecha, depois colocou o ramo na mesinha de cabecear e acariciou a sua testa com ternura.
«Não muito, a verdade. A estadia num hospital é tão tediosa... Dói-me o corpo todo, quero voltar para casa e ocupar-me de tudo outra vez. A propósito, as flores estão lindas.»
Federick suspirou com um sorriso.
«Espero que não as vás deitar fora como as últimas que te levei.»
Charlotte sorriu, algo