Narrador
Charlotte abriu a porta da sua mansão e encontrou a sua mãe, Dora, que a esperava na sala com um olhar zangado.
«Charlotte! Filha, sei que já és adulta, mas devias ter avisado que não dormirias em casa. Preocupei-me muito contigo. Além disso, liguei para o teu telemóvel e estava desligado. Assustaste-me!»
«Mãe, tens razão. Perdoa-me, saí para tomar umas bebidas com Dorian e perdi a noção do tempo. O meu telemóvel ficou sem bateria. Ia regressar direto a casa, mas ele insistiu que ficasse com ele», respondeu Charlotte com um tom abafado.
«Estás bem, filha?», Dora levantou-se e aproximou-se lentamente da sua filha. Apesar da independência de Charlotte, a sua mãe conseguia notar quando algo não estava bem.
«Sim», disse Charlotte, com a voz entrecortada.
«O que te aconteceu, Charlotte? Diz-me!»
Charlotte franziu o cenho e, de repente, desatou a chorar. Dora não teve mais opção senão abraçá-la com força, enquanto a sua filha chorava desconsoladamente, como se fosse uma criança peq