Sem palavras, Sem permissão.
O clima na mesa era leve, mas Eloise já não se importava com a conversa. A música chamava seu corpo, e ela se deixou levar pelo ritmo, levantando-se com um sorriso atrevido.
Nathalia vibrou, erguendo o copo:
— Isso, garota! Mostra como se faz!
Ela caminhou até a frente da mesa, deixando que a batida grave dominasse seus movimentos. O vestido vinho acompanhava cada curva, a fenda revelando flashes provocativos de sua perna. Os cabelos soltos caíam em ondas sobre os ombros, e o batom vermelho brilhava sob as luzes da boate.
Eloise sabia que estava sendo observada. Sabia, porque cada olhar masculino na área VIP grudava nela, desejando, avaliando, imaginando. E, por algum motivo que não entendia, aquilo não a fez recuar. Pelo contrário — a fez sorrir com ainda mais ousadia.
Mas entre todos os olhares, havia um que queimava diferente.
Augusto Monteiro a observava em silêncio. O maxilar rígido, os dedos tamborilando contra a lateral do copo, o olhar verde