Capítulo 232

Rostos e Máscaras

O elevador abriu com um som suave, e Eloise desceu até o saguão.

O ambiente ainda estava cheio — o som dos passos, do telefone tocando e das portas automáticas criando uma rotina quase hipnótica.

Ela foi direto até o balcão da recepção.

— Obrigada, Maria. — disse, pegando o celular esquecido.

— De nada, senhora Nogueira. — respondeu a recepcionista, sorrindo.

Eloise ajeitou a bolsa no ombro e se virou para o elevador.

Mas antes que desse o primeiro passo, uma voz familiar chamou atrás dela:

— Oi, Elô! Tudo bem? Tá sumida.

Ela se virou, surpresa.

— Oi, Lucas. — respondeu com um sorriso polido. — É… tô trabalhando muito.

Ele se aproximou, o olhar fixo demais, o sorriso travado.

— Você tá bem… depois do acidente? — perguntou, a voz baixa, quase ensaiada.

Eloise hesitou por um instante.

Havia algo estranho na forma como ele a observava — como se estivesse tentando decifrar algo.

— Sim, tô bem. — respondeu, tentando manter o tom leve. — Foi só um susto, nad
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