Vozes de Casa
O celular vibrou sobre a mesa, e o nome que surgiu na tela fez Eloise sorrir de imediato.
"Carlos Pai ".
Ela atendeu quase no primeiro toque, a voz suave e acolhedora.
— Oi, papai … já tá com saudade de mim, é isso?
Do outro lado da linha, veio uma risada leve.
— Você sabe que sim. — respondeu Carlos, com aquele tom tranquilo que sempre conseguia arrancar dela um sorriso. — Só liguei pra saber se tá tudo bem.
Eloise apoiou o cotovelo na mesa, girando distraidamente a caneta entre os dedos.
— Tá tudo bem, sim. Só uma semana intensa na empresa… nada que eu não aguente. — disse, sorrindo. — E você, tá aproveitando o spa?
— Tô. — respondeu ele, rindo. — Mas sinceramente? Já cansei de massagem, água aromatizada e gente falando "respira fundo".
— Ah, é? — provocou ela, divertida. — O senhor Carlos Nogueira cansou de ser mimado?
— Não é isso. — disse ele, em tom brincalhão. — É que esse lugar é bom, mas não tem a minha rotina. E, principalmente… — fez uma pausa dramá