Silêncio e Promessas
O relógio já passava das oito da noite.
O ar da Sala Sigma estava pesado — uma mistura de cansaço, tensão e o zumbido constante das máquinas.
Augusto olhou para o sofá.
Eloise continuava dormindo, o corpo encolhido sob o paletó dele.
Os traços do rosto estavam serenos, mas o leve tremor nos dedos denunciava o quanto aquele dia a tinha esgotado.
Ele se aproximou devagar, ajeitou uma mecha do cabelo dela e suspirou.
— Eu vou levá-la pra casa. — disse, firme. — Ela precisa descansar, comer alguma coisa. Esse dia foi pesado demais.
Cláudia assentiu, compreensiva.
— É o melhor a fazer. Deixa que a Laís e eu damos conta daqui.
Laís, ainda diante do monitor, não desviou os olhos da tela.
Digitava rápido, em total concentração.
— Na verdade, se não se importarem... — disse ela, sem levantar o olhar — prefiro continuar sozinha. Trabalho melhor em silêncio.
Thiago olhou para Augusto, depois para Cláudia, e deu de ombros.
— Justo. Esse tipo de aná