Rastros da Verdade
O dia amanheceu calmo sobre a Cidade Norte, mas o sossego não durou.
Eloise acordou com o estômago revirando. Correu até o banheiro, o enjoo subindo sem aviso.
Depois de vomitar, respirou fundo e decidiu tomar um banho rápido — não queria preocupar Augusto logo cedo.
A água quente escorria pelo corpo quando sentiu as mãos dele em sua cintura.
— Achei que tinha fugido de mim. — murmurou Augusto, encostando o queixo no ombro dela.
Eloise sorriu de leve, virando-se para encará-lo. — Só tentando me recompor.
O olhar dele desceu, intenso, silencioso. O resto veio sem palavras — o toque, o calor, o encontro inevitável sob o vapor do chuveiro.
Quando o silêncio finalmente voltou, eles riram juntos, o som leve ecoando pelo banheiro.
Pouco depois, tomaram café da manhã na varanda.
O sol iluminava os dois, e por um breve instante, a vida parecia simples outra vez.
Mas não por muito tempo.
Augusto largou a xícara, o semblante já sério. — Vamos pra empre