Rastros de um Inimigo
O relógio marcava pouco mais de uma da tarde quando Augusto se afastou do quarto de Eloise.
Ela já estava descansando, monitorada pelos enfermeiros, e o médico garantira que os exames não mostravam nada grave.
Mas ele não conseguia relaxar.
O celular vibrou em sua mão.
Era Thomas.
Augusto atendeu de imediato, a voz baixa e controlada:
— Precisamos conversar.
— Eu imaginei. — respondeu Thomas, do outro lado da linha, com o tom tenso. — Acabei de saber do atropelamento. Ela tá bem?
— Tá — disse Augusto, respirando fundo. — Só alguns arranhões. Mas eu sei que isso não foi acaso, Thomas.
Foi em frente à VisionLab. Eles sabiam que ela estaria lá.
Houve um breve silêncio do outro lado.
O som de papéis sendo virados, teclas pressionadas.
— Certo. — disse Thomas enfim. — Eu vou puxar as câmeras da rua e da empresa. Alguém viu alguma coisa. Nem que eu tenha que varrer cada segundo de gravação.
Augusto apoiou o braço na janela do corredor, o olhar distante.
— E se for o m