No Ritmo do Coração
O ar frio da madrugada cortava o calor do bar. As risadas se misturavam ao som distante de carros e passos apressados.
Os seis saíram juntos — passos meio tortos de tequila, corações acelerados por motivos diferentes.
Thiago e Emma seguiram primeiro, de mãos dadas e sorrisos cúmplices.
Heitor insistiu em levar Nathalia, alegando que “mulher bonita não anda sozinha à noite”.
E Thomas, sem discutir, apenas olhou para Sofia.
— Eu te levo. — disse, a voz firme, sem espaço para objeção.
Sofia hesitou, mas assentiu.
— Tudo bem… obrigada.
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No carro, o silêncio era quase confortável.
O rádio tocava algo suave, e as luzes da cidade passavam pelos vidros como flashes de um filme lento.
Thomas dirigia com uma calma que não combinava com o homem que costumava intimidar até criminosos.
De vez em quando, lançava um olhar discreto na direção dela — Sofia, pequena no banco ao lado, o rosto voltado para a janela, os dedos brincando com a barra do vestido.
— Você parece tensa.