Alianças e Fantasmas
Na MonteiroCorp, o relógio já empurrava a noite quando a porta da presidência se abriu sem bater. Thamires entrou com um perfume doce e afiado, salto marcando território no mármore.
— Augusto… — a voz dela veio macia, revestida de preocupação. — Eu vi tudo nas notícias. Senti que precisava te ver.
Ele não levantou da mesa. Olhou-a como quem avalia uma sombra.
— Você precisa de quê, Thamires?
Ela se aproximou mais um passo, dedos roçando o tampo, lembranças escolhidas nos olhos.
— De te lembrar que já estivemos do mesmo lado. — Um sorriso lento. — Eu sei como você gosta de terminar dias difíceis. Deixa eu te ajudar a relaxar?
— E eu sei como você gosta de começar intrigas. — Augusto cortou, a voz limpa de qualquer doçura. — A porta está no mesmo lugar de sempre.
A máscara dela rachou por um segundo; recompôs-se, ferida no orgulho.
- Porque você me trata assim Augusto?
Augusto
- Devo te lembrar? fora Thamires. - E como se um peso sair - Tham