Jogadas nas Sombras.
Thamires estava no quarto ainda envolta pelo perfume de vinho e luxúria da noite anterior quando digitou, seca, para Melissa:
“Pode iniciar as jogadas.”
Antes mesmo de colocar o celular de lado, a tela voltou a acender. Uma chamada. O número não estava salvo. Ela atendeu com desdém, mas a voz do outro lado a fez gelar.
— Jogando nas sombras, Thamires? — a voz masculina era grave, arrastada, como se saboreasse cada palavra. — Sem a jogador principal, seu plano não passa de truque barato.
Thamires apertou o celular contra a orelha, os olhos faiscando raiva.
— Você se rendeu aos encontros da secretáriazinha, querido. — provocou, venenosa. — Peça que não se mexe é peça fora do jogo.
Do outro lado, uma risada baixa, inquietante.
— Cuidado… você não sabe do que sou capaz.
Ela cerrou os dentes, perdendo por um instante a pose de controle.
— Fica fora disso, seu louco.
O silêncio que se seguiu foi sufocante. Então a chamada foi encerrada, seco, sem de