O Clubes e suas Verdades
Era um sábado. O sol entrava tímido pelas cortinas quando Eloise se levantou antes mesmo de Nathalia acordar. Preparou um café rápido, deixou um bilhete carinhoso sobre a mesa — “Não me espera, vaquinha, volto mais tarde. ” — e saiu rumo ao hospital.
No quarto, encontrou o pai desperto, apoiado nos travesseiros. Ainda frágil, mas com os olhos vivos, atentos a cada movimento dela.
— Olha só quem resolveu acordar cedo. — brincou Eloise, ajeitando as cobertas. — Prepare-se, porque eu tenho muita coisa pra contar.
Sentou-se na cadeira ao lado e começou a falar, as mãos gesticulando animadas. Contou que tinha trocado de área na empresa, que agora estava mais focada nos projetos que realmente gostava, que finalmente estava exercendo o que estudou.
— Foi a melhor decisão, pai. — disse, os olhos brilhando. — Eu precisava desse recomeço. Me ajudou a pensar melhor sobre… tudo.
Não mencionou Augusto. Nem uma palavra sobre os dias caóticos, nem sobre as humil