Capítulo 11
A sexta-feira chegou.
Na manhã seguinte, Eloise despertou antes mesmo do despertador. O sol ainda não havia se decidido entre nascer ou se esconder atrás das nuvens, e o quarto estava mergulhado em uma penumbra suave. Sentada na beira da cama, ela passou as mãos pelo rosto, tentando afastar os vestígios do cansaço — físico e emocional.
Na cozinha, preparou café em silêncio, os pensamentos já no escritório, na agenda do dia… e no jantar...
Era isso. Um evento de trabalho. Uma obrigação profissional. Repetia essa frase mentalmente como uma âncora, tentando impedir que a mente divagasse para lugares que não devia — como o jeito que Augusto a observava em silêncio, ou a forma como sua presença preenchia qualquer sala em que entrava.
O cheiro de café fresco começava a preencher o ar quando a campainha tocou. Eloise franziu a testa, olhando para o relógio. Ainda nem eram sete da manhã.
Quem seria a essa hora?
Secando as mãos no pano da pia, ela foi até a porta. Do outro lado, um